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Não sei como expressar minha gratidão a todos que me acompanharam nesse dia longo. 
 

Mas a reverberação do eco é o que

me faz continuar fazendo arte.

Hj eu experimentei outro tipo de arte.

Já cantei ja toquei ja produzi ja performei nesses últimos anos, mas dessa vez eu quis levar um olho. Um olho de todo e para todos os olhos vindo de todos os lados que eu consegui absorver.  Fui com duas câmeras pra rua achando que com a paz se pode registrar o caos. O caos me engoliu, me vi no meio de vidros estraçalhados nas ruas de SP. Vi todos os tipos de calçados com multiplxs donxs de mascara. Fui com dois olhos mecânicos pra aquela rua sem lembrar que eu também tinha os meus olhos orgânicos pra cuidar. Ardeu. Arde.

 

Aqui a música que eu ouvi ontem quando tava decidida de ir pra rua pra documentar o mundo la fora :

 

"Pisando na argamassa

Do que vai ser construído

Ao longo das avenidas

Olho passeio perdido

A golpes de pedra e cal

O horizonte ferido

A golpes de pedra e cal

 

Longe do mar vem São Paulo

Longe do mar minha dor

Se perto estou do meu peito

Muito mais do meu gemido

Do frio aqui contraído

Entre a cama e o cobertor"

Geraldo Azevedo

 

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DE CARA (ou corta ou engole 30)Saskia
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Aqui estão as minhas armas: olhos e boca

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*Bolas de neve e bolas na trave. Faltas. Eu não sou praticante de nada além de arte. Fui detida por querer ver até onde vai o público. Queria enxergar o outro lado palco. Nem todos xs protagonistas desse dia foram pagxs. Muitxs  pagaram.

b foda b happy Saskia
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EDUCAÇÃO PÚBLICA

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Antonieta de Barros

O circuito inferior também poderia ser bem definido segundo a fórmula de Lavoisier: "Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma." O jornal usado torna-se embalagem, o pedaço de madeira se transforma em cadeira, as latas, em reservatórios de água ou em vasos de flores etc. Isso ocorre também com as roupas que passam do pai para o filho, do irmão mais velho para o irmão mais novo, se já não foi comprada de segunda mão; na construção das casas aproveitam-se todos os tipos de materiais abandonados ou vendidos a baixo preço. Muitos utensílios comerciais e domésticos são produtos de recuperações e a vida de uma peça, aparelho ou motor pode ser prolongada pela engenhosidade dos artesãos. A idade média tão elevada dos veículos talvez seja o exemplo mais surpreendente dessa miraculosa capacidade de recuperação que é uma das maiores características das economias pobres, em oposição ao desperdício das economias ricas e modernas.

Milton Santos, "O Espaço Dividido", p. 199

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